terça-feira, 10 de agosto de 2010

E um verão vermelho

No coração da criança cresceu


Como esquecemos quando somos crianças? Por que não nos lembramos daquele tempo em que apenas sorríamos? POr que simplesmente essa parte de nós morre?


Uma canção em tom maior

Que todos hão de ouvir também


E vão saber de cor



Que a dor se foi


Seria por isso, seria tamanha a dor do crescimeto que nos faz simplesmente esquecer quer éramos quando apenas sorríamos? Seria a dificuldade em manter o tom da nossa existência, a impossibilidade de cantar, de ouvir e ser ouvido que nos faz esquecer tudo o que passamos quando pequenos?


E a treva passou,


Foram partes de um mundo infeliz


Como peças que um velho teatro encenou


Agora o mundo nos diz



Que vai brilhar



Sim, somo parte de algo esquecido. Perdemos aquilo que somos a cada instante, perdemos aquilo que temos, perdemos tudo quando nossas memórias se sobrepõe. Seria assim a nossa vida, esquecer coisas banais e ficar com os pensamentos sutis? Seria nossa existencia um verão vermelho que passou.


Um novo sol


E um verão vermelho, vai tomar nosso quintal.



A nova luz, já vai chegar



Não, não somos parte do esquecimento, somos parte da vida que temos, esquecemos daqueles instantes que não são neessários lembrar, não podemos ser crianças brincando na chuva? Sim somos parte de um mundo, parte de um sonho, somos parte de uma verdade que nunca se acaba. No fim é a chuva entrando pela janela que nos faz lembrar, o que no fim nós haviamos esquecido.


E os olhos das crianças


Vão se abrir e acreditar


E vão viver por nós


e vão soltar os nós


E vão cantar


Em todas as manhãs vão rezar


Por um eterno e novo


Verão vermelho



O que era dor, ficou lá trás



Sim, esquemos a dor, esquecemos as mágoas, voltamos a ser crianças perdidas, brincando na
chuva como se a todo momento a risada fosse o alimento, a verdade a água, somos crianças brincando nas nossas memórias, para sempre.


Na nossa primavera


Que já não volta mais


Janelas vão


Se escancarar


e vai entrar a chuva


e as crianças vão brincar



E vão viver por nós



Sim, vivamos como essas crianças, perdemo-nos na chuva que vem pela janela aberta, vivamos como se o mundo já tivesse acabado, não são as nossas mágoas que nos guiam, são nossas esperanças que nos levam a seguir em frente, nossos sonhos por um eterno e novo, verão vermelho.


E vão soltar os nós


E vão cantar

Em todas as manhãs vão rezar


Por um eterno e novo


Verão vermelho


E vão pedir


Por um verão vermelho


Um eterno e novo


Verão vermelho



Pensem...

Um comentário:

Arthur Pandeki disse...

É assim mesmo, não é? Crescemos e nos tornamos cada vez mais diferentes do que deveríamos ser... para nos tornarmos iguais ao que uma força invisível, de regras e valores, nos modela.

E quando achamos que nos encontramos, na verdade ficamos sem rumo e sem farol... esperando que um verão vermelho e quente, desate os nós e liberte nossos olhos de criança para se abrilhem e brilhar novamente.