terça-feira, 21 de julho de 2009

Compreender

Hoje é um dia simples, mais comum impossível.

Agora eu estou sentado, pensando no quanto trabalho tenho para fazer, considerando a possibilidade do trabalho a ser feito e da necessidade de fazê-lo assim como na total incapacidade humana de agir menos quando se deve agir mais e pensar menos quando se deve pensar mais.

Ser humano é causa de compreensão, seja isso real ou não, é considerável pelo menos.

As vezes somos resquícios de vida por instantes e por outras somos importantes partes de um orbe social no qual nos perdemos em pensamentos e ações que nos colocam na seguinte situação:
Se você é humano, torna-se humano o seu sofrimento, afinal somente quem tem humanidade é capaz de sofrer.

Eu tenho um compromisso com esse blog de falar de música, coisa minha, mais hoje abro espaço para uma das poesias, ou poema afinal eu não lembro a diferença, mais marcantes da minha vida.


Quem passou a vida em brancas nuvens
E em plácido repouso adormeceu,
Quem não sentiu o frio da desgraça,
Quem passou pela vida e não sofreu
Foi espectro de homem, não foi homem,
Só passou pela vida, não viveu.

Francisco Octaviano (acho que o nome era D'taviano no meu caderno de poesias na quinta série)


Realmente é compreensível que devido a nossa capacidade de entender, ou pelo menso na nossa concepção de compreensão que o sofrimento seja parte integrante de nós mesmo, afinal ninguém lembra aniversários, mais as datas de mortes são claras na nossa mente.

O sofrimento é a nossa forma de dizer, olha eu estou vivo, se sinto dor é porque minha células estçao gritando comigo, bravas, incoerente, incapazes de ver o que eu vejo na minha prorpia compreensão.

A dor em si é análoga ao prazer, são a mesma coisa, interpretadas nas mesmas regiões do córtex cerebral, quimicamente idênticas e de certa forma irmãs. O prazer deve ter vindo primeiro, respirar, sentir, sorrir, depois veio a dor. Todos ao nascerem choram porque sofrem um trauma de atravessar um espaço menor que o próprio tamanho, e todos sentem o rpazer de estar dentro e confortável no útero materno.

A dor em si é compreensível, prazerosa, finalista, sensível, amante, companheira, porém ela é viva, é real.

O prazer é passageiro, a dor é constante.

Enfim somos seres de dor, então nossa humanidade não passa de um sentimento dolorido, somos dor, sentimos dor, fujamos da dor, somos nós mesmos pontes de sofrimento.

Mais vale lembrar que as vezes passamos pela vida sem sentir, tocar, ser. Assim somos brancas nuvens, as quais não fazem beleza se não estão carregadas e constrastantes, não fazem beleza pois não são uteis.

Somos seres de dor, mais cabe a nós, fazer aquela coisa complicada, eu já disse isso, pensar no que realmente quer dizer....






DOR....



Compreende??


Pense !!!!!!!!

3 comentários:

Arthur Ferreira disse...

Como sempre, seus posts me fazem pensar. Mas pensar nem sempre (ou quase nunca) significa concordar. Concordo que se você é humano, seu sofrimento será humano, mas nós não somos os únicos capazes de sofrer. Todos sofrem, e por motivos diversos. Dizer que somente humanos possuem essa agonizante capacidade é delegar novamente o que verdadeiramente trás o sofrimento para nós: querer tudo, querer ser tudo, egoísmo e egocentrico. E humanidade nem sempre é adjetivo de humanos, pode significar qualidades, altruísmos, benevolências, companheirismos, tudo isso que de fato encontramos na natureza, seja ela humana, seja ela animal.
Se pensarmos realmente em porque sentimos dor, descobriremos o valor significante da humanidade natural.

Não somos seres de dor, mas a possuímos.

Gammelo disse...

Oi Arthur
Seria chato se sempre todos concordassem com a gente. Mais talvez você devesse reler o texto e pensar mais no significado da palavra dor, tem outro sentido.
Realmente possuímos dor, mais não seríamos possuídos por ela tb..

Ronie Araujo disse...

Eu não sou bom pra expressar minhas idéias em forma de palavra, mas o livro 11 minutos do Paulo Coelho fala muito sobredor d euma forma excepcional...
Realmente a dor esta ligada a nossa vida diretamente, e a visão de temos da nossa propria existencia...

recomendo a leitura...

Da dor

As memórias amargas não podem nos aprisionar. Elas fazem parte da vida - como o sorriso, o por do sol, o instante de oração.

Curioso é que esquecemos rápido nossas alegrias, embora sempre façamos com que o sofrimento dure mais do que o necessário.

A dor é uma ótima desculpa para problemas que não conseguimos resolver, passos que não tivemos coragem de dar, decisões que adiamos.

A dor faz parte da vida - como faz parte a alegria, a fome, e a vontade de sonhar. Não adianta fugir, porque ela termina nos encontrando.

Mas sua única função é nos ensinar algo. Aprendemos suas lições, e isso basta.

Toquemos para frente.

Não vamos nos castigar com memórias amargas. Não vamos sofrer duas vezes, quando podemos sofrer apenas uma.

Paulo Coelho(Na sua coluna diaria).